Nesta terça-feira (4), os investidores estão atentos às declarações de membros do Federal Reserve e aos dados econômicos que possam fornecer pistas sobre as próximas medidas do banco central dos Estados Unidos em relação à política monetária restritiva.
Os investidores estão analisando as reduções na produção de petróleo e acreditam que os preços elevados do combustível não vão prejudicar a recuperação econômica a ponto de levar o Federal Reserve a aumentar a taxa de juros. No âmbito empresarial, a Natura (NTCO3) vendeu sua marca de luxo Aēsop para a L’Oréal por US$ 2,5 bilhões (aproximadamente R$ 13 bilhões), enquanto o presidente do Credit Suisse (CS), Axel Lehmann, pediu desculpas aos acionistas por não ter conseguido evitar a perda de confiança no banco, que segundo ele, já vinha se desenvolvendo antes de sua gestão.
Enquanto isso, Elon Musk mudou a foto de seu perfil no Twitter, colocando a imagem do cachorro que representa a criptomoeda dogecoin. Após a mudança, a moeda digital subiu cerca de 31%. No Brasil, os investidores continuam aguardando a entrega do arcabouço fiscal ao Congresso, o que deve ocorrer ainda nesta semana.
Veja quais notícias podem ter impacto nos mercados nesta terça-feira (4):
Natura
No momento da venda da marca Aēsop pela Natura, há algumas semanas, no entanto, fontes indicavam que a venda parcial da marca australiana era mais provável do que a venda completa. Talvez um possível engano..
“O desinvestimento da Aēsop marca um novo ciclo de desenvolvimento para a Natura. Com uma estrutura financeira fortalecida e um balanço desalavancado, a Natura poderá, por meio de uma disciplina financeira rigorosa, focar em suas prioridades estratégicas, especialmente em nosso plano de investimentos na América Latina”, afirmou Fábio Barbosa, CEO da Natura, em comunicado.
Como fica o Credit Suisse?
De acordo com o banco central suíço, o Credit Suisse teria enfrentado um colapso iminente se não tivesse sido resgatado pelo UBS Group em uma aquisição mediada pelo governo no mês passado. O vice-presidente do Banco Nacional Suíço, Martin Schlegel, disse em entrevista à emissora SRF, que foi ao ar na segunda-feira (3), que sem essa aquisição, é “muito, muito provável que uma crise financeira na Suíça e no mundo teria acontecido” e que o Credit Suisse “teria falido”.
O banco central suíço alertou que o Credit Suisse poderia ter enfrentado um colapso iminente se não tivesse sido resgatado pelo UBS Group em um acordo de 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,3 bilhões) no mês passado. O vice-presidente do Banco Nacional Suíço afirmou que, sem a aquisição mediada pelo governo, seria “muito, muito provável que uma crise financeira na Suíça e no mundo teria acontecido”. O presidente do Credit Suisse, Axel Lehmann, pediu desculpas aos acionistas por não conseguir conter a perda de confiança no banco durante uma reunião anual com investidores, admitindo que a instituição falhou em conter o impacto dos escândalos herdados.
Mercado exterior
Por volta das 9h45 (horário de Brasília), os índices futuros dos Estados Unidos e as ações globais estavam em alta, indicando que as expectativas de inflação estão diminuindo e os bancos centrais não estão com pressa de acelerar o aperto monetário. Os contratos dos índices S&P 500 e Nasdaq 100 registravam ganhos de cerca de 0,3% cada. As ações da Tesla (TSLA) também estavam em alta antes da abertura dos mercados em Nova York, após a empresa reportar um aumento de 19% nas entregas na China. O índice de referência da MSCI para ações globais atingiu o nível mais alto desde 16 de fevereiro, enquanto na Europa, as ações registraram a maior alta em um mês, impulsionadas pelo desempenho positivo de bancos e ações industriais. No mercado de commodities, o petróleo ampliou os ganhos nesta terça-feira, após a Opep+ anunciar cortes na produção.
Manchetes dos grandes jornais
Enquanto o Estadão afirma que Lula evita negociações no varejo para não se desgastar com Centrão, a Folha de S. Paulo diz que ele busca se blindar de casos de corrupção com um novo mecanismo de repasse de dinheiro ao Congresso. Já O Globo noticia que a Polícia Federal está investigando o papel de Bolsonaro em uma ação para dificultar a locomoção de eleitores no Nordeste. Enquanto isso, o Valor Econômico alerta que a produção menor da Opep+ pode pressionar a Petrobras.
Agenda do dia
Hoje, em um dia com poucos eventos programados, serão divulgados os dados sobre encomendas à indústria e ofertas de emprego JOLTs, às 11h (horário de Brasília). Às 14h30, Eric Rosengren do Fomc fará um discurso, seguido pela divulgação dos estoques semanais de petróleo bruto às 17h30.
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