quarta-feira, janeiro 22, 2025

Taxa de juros de 13,75% no Brasil se mantém, queda na Selic favorecerá varejistas e balanços financeiros em 04/05

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Taxa de juros no Brasil permanece em 13,75%

Nesta quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, de forma unânime e em consonância com as previsões do mercado, manter a taxa básica de juros, conhecida como Selic, em 13,75% pela 7ª reunião consecutiva, após dois dias de deliberações. Esta foi a primeira reunião do Copom após o anúncio do arcabouço fiscal pelo Ministério da Fazenda no final de março.

Embora a incerteza persista sobre o desenho final da proposta fiscal a ser aprovada pelo Congresso Nacional, os membros do comitê acreditam que o anúncio juntamente com a reoneração do preço dos combustíveis reduziram parte da incerteza fiscal. No entanto, há dúvidas sobre os impactos das novas regras fiscais sobre as expectativas para a trajetória da dívida pública e da inflação, de acordo com a avaliação do Copom.

O comitê reafirmou sua estratégia de manutenção da taxa Selic por um período prolongado para consolidar o processo de desinflação e ancoragem das expectativas em torno das metas, diminuindo a possibilidade de retomada do ciclo de aperto monetário, mas não descartando essa opção caso as expectativas permaneçam desancoradas e a inflação não atinja as metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Economistas preveem que o Banco Central do Brasil não irá reduzir as taxas de juros na próxima reunião em junho, com a maioria esperando que o corte ocorra apenas no segundo semestre do ano. A relutância do Banco em cortar as taxas em junho é supostamente devido à sua vontade de esperar por uma queda tanto nas taxas de inflação correntes quanto futuras, com a política esperada para permanecer contracionista nesse meio tempo.

Há também preocupações com o quadro fiscal do Brasil, com analistas sugerindo que a posição permissiva do governo em relação aos gastos poderia levar a uma deterioração na trajetória da dívida pública. Apesar disso, a estabilização das expectativas de inflação entre 2024 e 2026, a eliminação do risco de uma trajetória explosiva da dívida, e melhorias recentes nos indicadores de inflação levaram alguns economistas a sugerir que há espaço para um processo mais intenso de desinflação, com um economista prevendo uma redução na taxa Selic para 9,5% até o final do ciclo.

Em última análise, espera-se que o Banco Central espere até agosto ou setembro antes de reduzir as taxas de juros.

Ações que poderão se valorizar com a queda na taxa de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reuniu nesta quarta-feira (3) e a expectativa era de que a taxa de juros seria mantida em 13,75%. De fato assim foi o que aconteceu. Analistas de mercado estão atentos a um possível ciclo de flexibilização no terceiro trimestre e quais ações podem se beneficiar desse movimento. Segundo a última pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, a taxa básica de juros deve terminar este ano em 12,50% e no próximo em 10,0%.

A avaliação é de que o BC ainda aguarda uma prova concreta de desinflação antes de iniciar um ciclo de flexibilização na segunda metade do ano, embora alguns dados de inflação já tenham surpreendido positivamente em abril e sinalizado que o ciclo de cortes tão esperado pode começar em breve.

De acordo com a XP, o IPCA ficou abaixo de 5% pela primeira vez desde fevereiro de 2021. A combinação de um arcabouço fiscal mais previsível, sinal de que a inflação está caindo, enfraquecimento do mercado de crédito e desaceleração da atividade econômica indicam que o Banco Central pode iniciar um ciclo gradual de afrouxamento monetário mais cedo do que o esperado anteriormente. A equipe de economia da XP revisou suas projeções e vê espaço para cortes começando na reunião de agosto até que a taxa Selic atinja 11% em 2024.

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A XP destacou em um estudo quais setores da Bolsa se beneficiam em ciclos de corte de juros, incluindo Transportes, Varejo e Saúde, que apresentaram a melhor performance no passado. Além disso, os fatores Momentum, Qualidade e Tamanho (Small Caps) tiveram a melhor performance no relativo.

Os estrategistas da XP também montaram uma cesta de ações de sua cobertura que têm uma alta relação com as taxas de juros e que poderiam se beneficiar em um cenário de cortes de taxas, incluindo Educação, Saúde, Papel & Celulose, Varejo e Transporte.

Veja a lista abaixo

Empresas divulgam balanço amanhã

Na quinta-feira, 04, várias empresas, como Assaí, Bradesco, Engie, AES e Ambev, entre outras, divulgarão seus resultados financeiros do primeiro trimestre deste ano. Às 14h25 (horário de Brasília), as ações de Assaí caíram 7,18%, para R$10,99, enquanto as da Ambev subiram 2,31%, para R$14,59. Os papéis preferenciais do Bradesco caíram 0,78%, para R$13,52, enquanto as ações da Engie e AES ganharam 1,29% e 2,05%, respectivamente. Além disso, Embraer, Auren Energia, Eletrobras, Blau Farmacêutica, Cemig, Fleury, Grupo Soma, Petz, Via, Rumo, HBR Realty, GPS Participações, CCR, Alpargatas, Banco Pan e BR Properties também reportarão seus dados financeiros. Segundo as estimativas compiladas pelo InvestingPRO, Assaí deve apresentar um lucro por ação (LPA) de R$0,10 e uma receita de R$15,13 bilhões, enquanto o Bradesco deve ter um LPA de R$0,36 e uma receita de R$30,269 bilhões. Para Engie Brasil, o LPA é estimado em R$1 e a receita em R$2,703 bilhões, enquanto para AES Brasil, o LPA é de R$0,099 e a receita de R$683,3 milhões. O balanço da Ambev deve indicar um LPA de R$0,21 e receita de R$20,134 bilhões. As projeções de LPA, receita, Ebitda e lucro, em reais, podem ser conferidas abaixo.

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Fontes: Investing, BTG (incluindo consenso) e Santander.

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3 thoughts on “Taxa de juros de 13,75% no Brasil se mantém, queda na Selic favorecerá varejistas e balanços financeiros em 04/05

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