O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou sua defesa por uma mudança na meta de inflação desvinculada do ano-calendário, indicando a possibilidade de que essa alteração seja discutida e implementada durante a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) em junho.
Durante uma entrevista ao programa “Caminhos com Abilio Diniz”, da CNN, Haddad mencionou a necessidade de aprimoramento das metas de inflação e destacou que o Brasil e a Turquia são os únicos países que adotam um regime de metas de inflação baseado no ano-calendário. Ele comparou essa abordagem com a Europa, onde há uma meta de inflação de 2% e enfatizou a importância de ter uma meta contínua, como no caso do CMN estabelecer metas de 3% para 2024 e 2025.
No início do mês, Haddad já havia defendido veementemente a mudança para um calendário de metas de inflação, argumentando que manter um objetivo contínuo evitaria perturbações na economia em momentos em que alcançar a meta implica custos significativos para a atividade econômica.
Na próxima reunião do CMN, em junho, a meta inflacionária para 2026 será definida. Há expectativas de que o colegiado aprove também a alteração do prazo para alcançar a meta, e essa possibilidade é vista de forma favorável pelo mercado financeiro.
Além disso, Haddad reiterou o objetivo do governo de reduzir um quarto das isenções tributárias, destacando que esses benefícios representam aproximadamente 6% do Produto Interno Bruto (PIB). Ele afirmou que, mesmo com o crescimento de certos gastos, como o salário mínimo, o governo alcançará o resultado primário por meio do corte de 1,5% nos gastos tributários.
O ministro também mencionou que o Congresso está pronto para votar a reforma tributária e que, após a fase de reorganização do Estado e das contas públicas, o governo se concentrará em uma agenda de médio e longo prazo, especialmente em questões relacionadas à transição ecológica.
Haddad enfatizou que o governo possui um conjunto de 100 ações voltadas para a transição ecológica, que serão implementadas até o final do mandato do presidente Lula e que podem chamar a atenção internacional para o Brasil.
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