Nesta quarta-feira (12), as ações da Americanas (AMER3), que está em recuperação judicial após revelar um rombo contábil de cerca de R$ 20 bilhões no início do ano, registraram uma forte alta na Bolsa de Valores. A varejista comunicou na noite anterior que havia acertado com alguns bancos credores a suspensão de disputas judiciais em curso, o que impulsionou os ativos. O acordo não especificou quais ou quantos bancos chegaram a um acordo com a Americanas, mas o Itaú Unibanco (ITUB4) confirmou à Reuters que era uma das instituições.
Às 15h40 (horário de Brasília), as ações da Americanas registravam uma alta de 20,39%, a R$ 1,24, após terem subido até 25,24%, a R$ 1,29, na máxima do dia. A empresa declarou que espera que o acordo com os bancos credores permita que todas as partes envolvidas foquem seus esforços na negociação de um plano de recuperação judicial aceitável para a maioria dos credores, a fim de viabilizar o futuro operacional da Americanas. A companhia não divulgou por quanto tempo a suspensão das disputas judiciais será mantida.
As disputas judiciais entre a Americanas e os bancos credores vinham ocorrendo em tribunais do Rio de Janeiro e de São Paulo, em relação a questões como a produção de provas antecipadas no âmbito das investigações das inconsistências contábeis reveladas pela empresa. O caso chegou até o Supremo Tribunal Federal (STF).
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É importante ressaltar que, no contexto do setor, há a possibilidade de uma queda da taxa Selic em um futuro próximo, devido aos dados de inflação do IPCA terem sido inferiores ao esperado. Essa situação seria benéfica para as varejistas. Outra notícia relevante é que a Receita Federal anunciou o fim da isenção de impostos sobre as remessas internacionais com valor inferior a US$ 50 (cerca de R$ 250), o que também pode ser vantajoso para as varejistas nacionais.
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