O BTG Pactual acredita que o Magazine Luiza (MGLU3), que anunciará seus resultados do primeiro trimestre na segunda-feira (15), pode se beneficiar de três fatores em seus próximos balanços. O primeiro é o recurso gerado pela venda da Luizaseg, que ajudará a melhorar a estrutura de capital da empresa e reduzir sua dívida líquida.
Os analistas também projetam que haverá uma acumulação do GMV da Americanas (AMER3) para o Magazine Luiza, com alguma migração de tráfego e vendedores. Por fim, o BTG prevê que a varejista pode se beneficiar de uma possível queda nas taxas de juros no Brasil, o que pode melhorar a racionalidade do mercado tanto do lado do fornecedor quanto do varejista.
De acordo com o BTG Pactual, o acordo firmado entre a Luizaseg e a seguradora Cardif, anunciado recentemente, trará recursos que poderão contribuir para a melhoria da estrutura de capital do Magazine Luiza, especialmente levando em conta os altos custos de captação no Brasil.
Além disso, os analistas preveem que essa quantia ajudará a reduzir a dívida líquida da empresa, que foi de R$ 8 bilhões no último trimestre de 2022 para R$ 7 bilhões. Eles também antecipam que o Magazine Luiza pode acumular o GMV da Americanas, com alguma migração de tráfego e vendedores.
O BTG ainda estima que a empresa pode ser uma das principais beneficiárias de uma eventual queda nas taxas de juros no país, o que, na visão dos analistas, pode melhorar a racionalidade do mercado tanto para fornecedores quanto para varejistas.
O BTG Pactual também comenta que o pessimismo que contribuiu para o desempenho abaixo da média dos players de tecnologia listados, como o MGLU3, nos trimestres anteriores, diminuiu em parte. O banco ainda projeta que, nos próximos anos, o crescimento do GMV será menor, o que reflete a redução da renda disponível e a escassez de capital. Além disso, o foco deve ser na rentabilidade e na preservação do caixa, enquanto o mercado deve passar por uma maior consolidação entre alguns players.
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