As companhias varejistas sofreram uma forte queda na bolsa de valores brasileira na quinta-feira, 23 de março. Essa queda ocorreu após o anúncio de manutenção da taxa Selic pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e um tom mais “pesado” em seu comunicado, o que da a entender que poderá ter aumento de juros futuramente. De acordo com análises dos últimos balanços das empresas, a alta dos juros foi apontada como a principal causa da pressão nas finanças das companhias.
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No pregão dessa quinta-feira, as ações das varejistas apresentaram desvalorização em massa, e as piores quedas foram registradas pelas ações da Via (BVMF:VIIA3), com queda de 6,03%, a R$1,87, e da Magazine Luiza (BVMF:MGLU3), com recuo de 8,61%, a R$3,29. Outras varejistas também registraram queda nas ações, como Americanas (BVMF:AMER3), com 2,83%, a R$1,03, Lojas Renner (BVMF:LREN3), com 2,70%, a R$16,80, e Grupo Soma (BVMF:SOMA3), que apresentou retração de 2,19%, a R$8,03. A exceção ficou por conta da Marisa Lojas (BVMF:AMAR3), que se manteve estável a R$0,65.
Essa notícia revela que a manutenção da taxa Selic pelo Copom, juntamente com o aumento dos juros, afeta negativamente o desempenho financeiro das empresas do varejo no Brasil. Em suma, a decisão do Copom em manter a Selic e o tom “hawkish” em seu comunicado afetou negativamente o mercado de ações varejistas no Brasil, com a alta dos juros sendo apontada como um dos principais fatores responsáveis pela queda das ações das empresas do setor.
Decisão do Copom
Na noite desta quarta-feira, 22, após dois dias de reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a manutenção da Selic em 13,75%, patamar que serve como referência para outras taxas de juros na economia brasileira. Apesar disso, o tom do comunicado foi visto pelos analistas como duro e enfático, uma vez que o Copom reforçou o compromisso com a ancoragem dos indicadores de inflação e abriu a possibilidade de aumentar os juros novamente, caso seja necessário. O comitê afirmou que “os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.
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