A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) surpreenderam o mercado ao anunciar uma redução na produção de petróleo que irá superar a marca de 1 milhão de barris por dia. Isso representa uma mudança em relação às declarações anteriores da organização, que garantia que manteria a oferta de petróleo estável para equilibrar o mercado.
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A liderança da Arábia Saudita foi fundamental para a decisão da Opep+ em reduzir a produção de petróleo em 1 milhão de barris por dia. A promessa do país em diminuir sua própria oferta em 500.000 barris por dia foi seguida por outros membros do grupo, incluindo Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Argélia. A Rússia também concordou em manter o corte de produção implementado de março a junho até o final de 2023.
Essa ação irá resultar em uma redução de produção de cerca de 1,1 milhão de barris por dia a partir do próximo mês, o que representa uma significativa diminuição em relação aos níveis atuais do mercado. Embora tenham ocorrido flutuações recentes de preços, a oferta já parecia apertada para o final do ano. No mês passado, o petróleo chegou a uma mínima de 15 meses devido à turbulência causada pelo colapso do Silicon Valley Bank e pelo resgate do Credit Suisse.
No entanto, os preços se recuperaram desde então, com o petróleo Brent fechando pouco abaixo de US$ 80 o barril na sexta-feira, o que representa uma alta de 14% em relação à mínima de março.
O impacto do recente corte de produção de petróleo da Opep+ pode ser sentido nos preços ainda nesta semana, o que pode ter efeitos sobre ativos como as ações da Petrobras (PETR3; PETR4).
Até a última sexta-feira, membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados vinham sugerindo em discussões privadas que não havia intenção de alterar os limites de produção de petróleo.
De acordo com o comunicado divulgado, “esse corte voluntário é adicional à redução na produção acordada na 33ª Reunião Ministerial da Opep e não Opep em 5 de outubro de 2022”. Além disso, o responsável pelo Ministério da Energia ressaltou que a medida foi tomada como precaução para apoiar a estabilidade do mercado petrolífero.
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Como isso afeta as ações PETR4/PETR3?
O corte na produção de petróleo é uma medida para manter os preços em alta mesmo com o aperto monetário nas economias desenvolvidas e equilibrar a oferta diante da queda na demanda causada pela recessão iminente nos Estados Unidos e Europa. Na época que isso ocorreu, lá em 2022, o preço do Brent subiu mais de 7% em menos de uma semana, alcançando US$ 94,86 nesta quinta-feira (6), após fechar setembro a US$ 87,96 o barril. Quando maior a demanda e menor a produção, será maior os preços.
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