quarta-feira, janeiro 22, 2025

FIGS11: Análise completa. Vale a pena?

Ações / Mercado Financeiro Geral

Os Fundos Imobiliários (FIIs) são investimentos coletivos em imóveis de grande porte, tais como shoppings, hospitais e outros prédios comerciais, onde um grupo de investidores se torna proprietário desses empreendimentos e obtém renda, principalmente, por meio do aluguel dos mesmos. Em comparação à compra e locação individual de um imóvel, os FIIs são uma opção mais vantajosa, uma vez que não requerem gastos como condomínio, IPTU, custos de manutenção e tratativas com locatários, além de oferecerem menor risco de calote e vacância.

É importante ressaltar que neste contexto estão inclusos apenas os fundos imobiliários “de tijolos”, existindo também fundos de papéis e de fundos, que investem em participações de outros fundos imobiliários. No presente artigo, será abordado o FII FIGS11.

O FII General Shopping Ativo e Renda teve seu IPO em 20 de junho de 2013. Conforme sua estratégia de investimento, o Fundo adquiriu uma fração correspondente a 36,5% do Shopping Bonsucesso e 36,5% do Parque Shopping Maia. Patrimônio do fundo localizado no município de Guarulhos, estado do São Paulo, o Shopping Bonsucesso foi inaugurado em 4 de maio de 2006. O shopping possui área bruta locável ( ABL ) de 24.293 m2 com 160 lojas, sendo 8 âncoras, 6 salas de cinema, 10 megalojas, 24 lojas de alimentação, 118 lojas satélites e possui 649 vagas demarcadas. Atualmente em construção, o Parque Shopping Maia também está localizado no município de Guarulhos, estado de São Paulo. Quando inaugurado, o shopping deverá abrigar 202 lojas, sendo 5 âncoras, 1 cinema, 2 megalojas, 1 loja de lazer, 20 lojas satélites grandes, 142 satélites, 10 lojas de serviços, além de 21 lojas de alimentação, totalizando 30.491,82m² de ABL. PÚBLICO ALVO Investidores em geral. Gestão Passiva. O preço de seu IPO foi de R$100,00.

Funcionamento do General Shopping Ativo e Renda:

O FIGS11, ou General Shopping Ativo e Renda, foi lançado em 2013 e está em seu segundo ciclo após a renovação dos contratos de locação. Seu histórico de rendimento é bom, apresentando uma rentabilidade de 10% ao ano e superando a poupança em 517,48% nos últimos 12 meses.

Como investir no FIGS11:

Para adquirir o FIGS11, é necessário ter uma conta em uma corretora financeira ou banco e negociar pelo Home Broker dessas instituições.

Vale a pena investir no FIGS11?

Antes de investir no FIGS11, é preciso analisar o mercado atual e a situação dos dois imóveis do fundo, avaliando se estão lucrando, se existe muita vacância nas lojas e se há possibilidade de crescimento. Apesar de ter sido rentável até o momento, é importante lembrar que os imóveis podem sofrer altos e baixos em seus rendimentos.

O fundo imobiliário FIGS 11 apresenta 36,5% de participação em dois shopping centers localizados e Guarulhos, SP, com os quais soma mais de 20 mil m2 em área bruta locável.

Trata-se de um fundo restrito apenas a ativos desenvolvidos ou operados pela General Shopping (GSHP3), o que causa uma concentração arriscada para quem investe. 

A empresa vem registrando prejuízos nos últimos anos e foi pivô de uma situação complexa e controversa com o fundo GSFI11, o que abalou a confiança do mercado. 

Após o final da renda mínima garantida, os rendimentos mensais do fundo caíram bastante.

Houveram ainda problemas relacionados a uma alta taxa de inadimplência, e a distribuição chegou a zerar em alguns meses de 2019. 

Há ainda a questão da concentração regional, pois ambos ativos se encontram na mesma cidade, uma das mais afetadas durante a pandemia, em um dos estados que adotou as medidas mais restritivas. 

A própria Hedge administra outros fundos de shoppins, temos também o HGBS11. Vale você considerar e avaliar se é bom ou não é ter FIGS11.

Taxas:

Assim como em qualquer investimento, as taxas devem ser avaliadas. O investidor do FIGS11 pagará 20% de Imposto de Renda sobre o rendimento obtido na hora de realizar o resgate. Já nos “aluguéis” mensais distribuídos, não incide o IR. O fundo cobra uma taxa de administração e gestão de 0,25% sobre o patrimônio líquido, que é descontado mensalmente do investimento.

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