Nesta terça-feira (28), o governo federal cedeu à pressão dos beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e dos bancos, aumentando o teto de juros dos empréstimos consignados para 1,97% ao mês. A decisão foi tomada após intensas negociações entre a gestão atual e as instituições financeiras, além de debates internos no governo.
Os bancos haviam suspendido a oferta da linha de crédito em reação à decisão do CNPS (Conselho Nacional da Previdência Social) de reduzir a taxa de juros de 2,14% para 1,70% no dia 13. A medida havia sido liderada pelo ministro da Previdência, Carlos Lupi, sem o aval das áreas políticas e econômicas do governo.
A decisão de reduzir o limite máximo de juros cobrados pelos bancos nas operações de empréstimo pessoal havia sido tomada pelo governo com o objetivo de aliviar o bolso dos cidadãos e estimular a economia. No entanto, a medida enfrentou forte resistência dos bancos, que alegavam que seria inviável oferecer crédito com os novos limites. Diante da pressão dos bancos, o governo acabou cedendo e voltou atrás na decisão de reduzir os juros, mantendo as taxas nos patamares anteriores. A medida foi recebida com críticas por parte do ministro responsável pela proposta inicial, que afirmou que a decisão seria prejudicial para a população.
O ministro Lupi do governo Lula foi criticado por compartilhar em seu Twitter nota das centrais sindicais que falava em “extorsão e chantagem contra aposentados” e que o governo não deveria ceder “aos interesses dos bancos e do mercado financeiro”, após a suspensão do consignado pelos bancos. Lula repreendeu o ministro pela atitude.
Lupi afirmou à CNN nesta terça que, apesar de o conselho ter elevado o teto, considera “que os juros continuam altos”. “Recuamos no que queríamos para o teto de juros do consignado pela pressão que bancos fizeram”.
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