quarta-feira, janeiro 22, 2025

Em Xangai, Lula contraria dólar em transações comerciais globais e no banco dos Brics

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Lula, durante a primeira parte de sua visita de Estado à China, discursou na posse da ex-presidente Dilma Rousseff como chefe do Novo Banco de Desenvolvimento dos Brics, cuja sede é em Xangai. Durante seu discurso, ele defendeu a utilização de moedas locais em transações comerciais globais e bancárias, em vez do dólar. Ele afirmou que os bancos centrais podem ajudar a gerenciar isso e que países não devem depender exclusivamente do dólar. Lula também destacou o acordo entre Brasil e China, que deixará de usar o dólar nas operações comerciais entre os dois países e passará a operar em real e yuan. Ele disse que, embora seja necessário paciência para implementar medidas desse tipo, a China tem sido bem-sucedida na utilização do yuan para comprar petróleo de países do Oriente Médio.

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Lula defendeu que o banco dos Brics poderia ter uma moeda própria para financiar as relações comerciais entre os países membros e outros países em desenvolvimento. Ele disse que o NBD, criado durante a gestão de Dilma, tem a capacidade de gerar mudanças sociais e econômicas relevantes para o mundo e pode se tornar o “grande banco do Sul Global”. Além disso, ele criticou o Fundo Monetário Internacional por “asfixiar” a economia da Argentina e disse que os países emergentes precisam ser libertados da submissão às instituições financeiras tradicionais.

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Durante sua visita, Lula também visitou o centro de tecnologia da Huawei, se reuniu com empresários da BYD, que negocia expansão de negócios na Bahia, e com a empreiteira CCCC. Na sexta, ele se encontrará com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim, em busca de fortalecer as relações com o maior mercado de exportação do Brasil e buscar novos investimentos após anos de distanciamento e ataques por parte do governo de Jair Bolsonaro.

O que acontece se um país para de usar o dólar?

Segundo analistas, se um país para de utilizar o dólar como moeda de referência em suas transações internacionais, é possível que o valor do dólar aumente para esse país. Isso porque a demanda pelo dólar pode diminuir e, consequentemente, a oferta pode aumentar, o que pode levar a uma valorização da moeda norte-americana. Entretanto também podemos afirmar que pode ter o efeito reverso, ou seja, causar a queda do dólar para esse país. É uma faca de duas pontas e o que decidirá será a economia do próprio país.

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No entanto, outras variáveis econômicas podem influenciar o valor do dólar, como a inflação, as taxas de juros, o desempenho da economia dos Estados Unidos e a política monetária do Federal Reserve, o banco central americano. Portanto, o impacto de um país deixar de usar o dólar pode depender de vários fatores e não pode ser previsto com certeza.

O dólar é amplamente utilizado como moeda de reserva internacional, o que significa que muitos países mantêm grandes quantidades de dólares em reserva para fins de comércio internacional e para lidar com crises econômicas.

A política “anti-dólar” pode afetar o país?

Se um país decidir não utilizar o dólar em suas transações internacionais, isso pode ter várias implicações na relação política com os Estados Unidos e na economia do país em questão.

Primeiro, é importante notar que o dólar é a moeda de reserva internacional mais utilizada do mundo, o que significa que muitos países mantêm reservas significativas em dólares para proteger suas economias e facilitar as transações internacionais. Se um país decidir não usar o dólar, pode enfrentar dificuldades em negociar com outros países que ainda preferem usar a moeda americana.

Além disso, os Estados Unidos têm um grande poder econômico e político no cenário internacional, e o uso do dólar como moeda de reserva contribui para manter essa posição de liderança. Se um país decidir não usar o dólar, isso pode ser visto como uma ameaça à posição dos Estados Unidos e, consequentemente, pode afetar a relação política entre os dois países.

No entanto, é importante notar que muitos países já estão buscando alternativas ao dólar para diversificar suas reservas e reduzir sua dependência da moeda americana. Por exemplo, alguns países têm aumentado suas reservas em outras moedas, como o euro, o yuan chinês e o iene japonês. Além disso, existem outras formas de pagamento internacional, como o Bitcoin e outras criptomoedas, que estão sendo cada vez mais utilizadas em transações internacionais.

Em resumo, se um país decidir não usar o dólar em suas transações internacionais, isso pode ter algumas implicações políticas e econômicas, e o Brasil possui clara dependência de reserva financeira de dólar.

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