O banco alemão tem registrado queda em suas ações pelo terceiro dia consecutivo, resultando em uma perda de mais de 20% do seu valor total até o momento deste mês
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Na manhã desta sexta-feira (24), as ações do Deutsche Bank registraram uma queda acima de 10%, após o aumento dos swaps de default de crédito na noite anterior. O mercado permanece preocupado com a estabilidade dos bancos europeus, e às 7h38 (horário de Brasília), a queda era de 11,44%, chegando a 8,27 euros.
O banco alemão tem sofrido queda em suas ações pelo terceiro dia consecutivo, resultando em uma perda de mais de 20% do seu valor total até o momento deste mês.
Os swaps de inadimplência de crédito, que funcionam como um seguro para os detentores de títulos de uma empresa contra a inadimplência, subiram para 173 pontos-base na noite de quinta-feira, em comparação aos 142 pontos-base registrados no dia anterior.
De acordo com dados da Refinitiv, houve o maior aumento diário já registrado no CDS do Deutsche Bank.
Especialista fala sobre Deutsche Bank
Stuart Cole, que é macroeconomista-chefe da Equiti Capital, afirmou que o Deutsche Bank tem sido o centro das atenções há algum tempo, assim como aconteceu com o Credit Suisse. O banco alemão passou por diversas reestruturações e mudanças de liderança para tentar recuperar sua base financeira, mas, até o momento, nenhum desses esforços parece ter sido efetivo.
O resgate de emergência do Credit Suisse pelo UBS, após o colapso do SVB nos EUA, gerou preocupações de contágio entre os investidores. Esses temores foram intensificados pelo novo aperto da política monetária do Federal Reserve dos EUA na quarta-feira, com um aumento de juros de 0,25 ponto percentual.
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Queda generalizada
As ações dos principais bancos europeus, incluindo Commerzbank, Credit Suisse, Societe Generale e UBS, tiveram quedas superiores a 6% na sexta-feira, lideradas pelo Deutsche Bank.
O Stoxx 600 Banks Index apresentou uma queda de 4,4% no mesmo dia, tornando-se o setor com pior desempenho na Europa.
Desde o colapso repentino de dois bancos regionais dos Estados Unidos neste mês, o setor bancário global tem enfrentado dificuldades. Os formuladores de políticas monetárias destacam que a turbulência atual é diferente da crise financeira global de 15 anos atrás, pois afirmam que os bancos estão mais capitalizados e os fundos estão disponíveis com mais facilidade. No entanto, as preocupações persistem.
De acordo com fontes da Reuters, autoridades suíças e o UBS estão trabalhando para finalizar a aquisição do Credit Suisse em menos de um mês. Além disso, fontes diferentes afirmaram que o UBS prometeu pacotes de retenção para os executivos da área de gestão de patrimônio do Credit Suisse na Ásia para evitar a perda de talentos.
Compra ou venda?
A Jefferies, uma empresa de serviços financeiros, mudou sua recomendação sobre as ações do UBS de “comprar” para “manter”, afirmando que a recente aquisição do Credit Suisse pelo UBS altera a estratégia de investimento da empresa. Segundo a Jefferies, o UBS agora possui um perfil de risco mais alto e retornos de capital mais baixos, e a aquisição pode afetar o crescimento orgânico.
Em outra notícia, o Credit Suisse e o UBS estão sob investigação do governo dos EUA por supostamente oferecer apoio a oligarcas russos contra sanções impostas por Washington. Tanto o Credit Suisse quanto o UBS se recusaram a comentar a respeito, enquanto o Departamento de Justiça dos EUA ainda não se pronunciou sobre o assunto.
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