quarta-feira, janeiro 22, 2025

Campos neto: batalha contra inflação não está ganha

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, declarou que embora o índice de inflação no Brasil esteja caindo, o núcleo da inflação permanece resiliente e é provável que haja um aumento de preços no segundo semestre. Ele enfatizou a necessidade de continuar lutando contra a inflação, já que essa batalha ainda não foi vencida. Campos Neto também falou sobre o projeto do arcabouço fiscal encaminhado pelo governo ao Congresso, afirmando que ainda não leu em detalhes, mas que a proposta é razoável e que é importante acompanhar sua aprovação.

Ele destacou que não há uma relação direta entre a meta fiscal e as decisões do Banco Central sobre juros, e que o mais importante é como as políticas fiscais afetam as expectativas dos agentes econômicos. Ele concluiu que, dada a lentidão do processo de desinflação em relação ao nível de juros reais no Brasil, a batalha contra a inflação ainda precisa ser persistente.

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O índice IPCA, que mede a inflação ao consumidor, registrou uma alta acumulada de 4,65% nos últimos 12 meses até março, o que representa o nível mais baixo em mais de dois anos. No entanto, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou que os dados completos da inflação ainda estão “contaminados” por mudanças recentes na taxação de produtos e que os núcleos de inflação, que excluem preços mais voláteis, continuam elevados e as expectativas de inflação aumentaram.

Quando perguntado por um investidor, Campos Neto destacou que há muita incerteza em relação aos efeitos de manter as taxas de juros altas por mais tempo, mas que pode haver um “trade-off” em esperar um pouco mais para garantir uma estabilização da inflação.

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O presidente Lula tem criticado repetidamente o nível da taxa básica de juros, que está em 13,75% desde agosto, enquanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, argumenta que o arcabouço fiscal e outras medidas do governo criam condições para uma redução da Selic. O Comitê de Política Monetária (Copom) irá se reunir novamente no início de maio para discutir os juros.

Campos Neto afirmou que o cenário econômico está melhorando e que o anúncio fiscal do governo é benéfico, porém é um processo gradual e é crucial ter movimentos que sejam confiáveis.

De acordo com Campos Neto, presidente do Banco Central, a previsão é de que a inflação geral atinja 3,5% em junho e aumente novamente após esse período. Ele também observou que as expectativas de inflação para 2024 e 2025 aumentaram cerca de 1% desde dezembro devido ao pacote fiscal aprovado no final do ano passado e ao fato de que o governo atual mencionou uma mudança na meta de inflação.

Campos Neto acredita que um aumento da meta pode levar a um risco elevado de inflação. Ele também destacou que, mesmo que esse risco não seja significativo, ainda pode gerar custos no longo prazo.

O presidente Lula tem defendido uma mudança nas metas de inflação, argumentando que elas são muito baixas. A meta de inflação para 2021 é de 3,25%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

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