Uma nova atualização informou R$ 6,6 bilhões a mais em dívidas do que o estimado.
A inconsistência contábil relatada nos últimos dias pela Lojas Americanas continua causando burburinhos, se assim podemos dizer. De acordo com a administração judicial do processo de recuperação da empresa Americanas, a dívida do grupo já subiu muito mais do que aquele dito para os investidores da Bolsa de Valores.
O valor da dívida inicialmente foi de R$ 20 bilhões, e após novas descobertas após o caso ter explodido na boca do povo e na internet, a dívida foi elevada para R$ 40 bilhões. Em janeiro a Americanas disponibilizou-se para a recuperação judicial, e também arcou outros métodos como “pente fino” para tratar do fiscal.
Entretanto após novos cálculos realizados, a 4ª Vara Empresarial da cidade do Rio de Janeiro, que acompanha a recuperação judicial da empresa, informou que a dívida total da Lojas Americanas está em R$ 47,9 bilhões de reais, um aumento de R$ 6.6 bilhões, já que após ajustes de dias passados, a dívida foi informada em R$ 41,2 bilhões.
Toda via, a Americanas informou nessa tarde que a diferença dos valores deve-se à debêntures, e disse que o valor poderia ser “desconsiderado”.
O grupo disse as seguintes palavras: “As debêntures foram emitidas intragrupo apenas para criar um canal de transferência de recursos da Americanas S/A para as recuperandas estrangeiras, visando ao pagamento dos Bonds (as debêntures “espelham” os bonds). Ao considerar o endividamento consolidado das recuperandas, esse valor deve ser expurgado, sob pena de duplicidade. Há apenas uma dívida, decorrente da emissão dos bonds, e um canal intragrupo para remessa de recursos para o pagamento daquela dívida”, disse o grupo Americanas”.
Caro leitor, a verdade é que não sabemos o que vem pela frente, e esse valor ainda pode desenrolar mais e se ajustar a valores maiores, dificultando ainda mais a possibilidade de recuperação judicial e os acionistas da bolsa de valores.
