Nesta terça-feira (18), as ações das varejistas brasileiras apresentaram queda, em decorrência da decisão do Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad, em solicitação do presidente Lula, de não eliminar a isenção de impostos em importações entre pessoas físicas até o valor de US$ 50. Além disso, as empresas foram impactadas pela alta dos juros futuros, que seguem a entrega do arcabouço fiscal no Congresso.
Anteriormente, o governo tinha a intenção de acabar com a isenção de impostos para envios entre pessoas físicas. A equipe econômica alegava que empresas chinesas, utilizando plataformas como Shein, Shopee e AliExpress, se passavam por pessoas físicas para burlar a cobrança de impostos.
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Depois de receber críticas, o Governo Federal optou por manter a isenção de impostos sobre vendas em sites e aplicativos, mas reforçará a fiscalização para garantir que as regras sejam cumpridas.
A taxação de importadoras asiáticas é vista como positiva para o varejo brasileiro, uma vez que essas empresas conseguem oferecer preços mais baixos por não precisarem arcar com todos os impostos que os varejistas nacionais precisam pagar. Ivan Barboza, sócio-gestor do Ártica, destaca essa questão. No entanto, operações envolvendo pessoas jurídicas não terão isenção e a fiscalização pode ser mais cara.
No ano passado, Shopee e Shein faturaram mais de R$ 25 bilhões, o que pode ser visto como uma ameaça às empresas brasileiras. Analistas do Goldman Sachs afirmam que a concorrência dessas plataformas tem sido uma preocupação para investidores, especialmente no setor de varejo de vestuário. A não taxação das varejistas chinesas também afeta o plano de receitas do governo e impacta a curva de juros. Além disso, juros altos podem tornar os empréstimos mais caros para as empresas. Investidores estão de olho na entrega do arcabouço fiscal no Congresso.
Efeito nas ações
As ações da Lojas Renner (LREN3) caíram 4,12% (R$ 16,05), as da Via (VIIA3) tiveram baixa de 2,03% (R$ 1,93) e as do Magazine Luiza (MGLU3) caíram 3,28% (R$ 3,54). As ações da C&A (CEAB3) apresentaram queda de 3,32% (R$ 2,91), as da Marisa (AMAR3) desvalorizaram 9,59% (R$ 0,66) e as preferenciais da Alpargatas (ALPA4) caíram 2,95% (R$ 7,24).
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