O índice Ibovespa, referência da Bolsa de Valores brasileira, caiu abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde julho do ano passado. Analistas atribuem a perda do patamar recente – entre 100 mil e 120 mil pontos – a motivos internos e externos que têm pressionado o mercado.
Entre os fatores que explicam a queda, está a manutenção da Selic em 13,75% ao ano pelo Banco Central, que não deu sinais de que irá iniciar um ciclo de redução dos juros. Os juros altos, por sua vez, encarecem a dívida das companhias listadas e das empresas que têm um rápido crescimento.
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Outro motivo apontado pelos analistas é a incerteza em relação ao arcabouço fiscal do país, já que as regras para manter os gastos do governo dentro de um limite ainda precisam ser definidas. Quanto mais tempo levar para que isso aconteça, mais tempo o Banco Central irá levar para começar a reduzir os juros.
A aversão dos investidores estrangeiros também tem afetado o mercado brasileiro, já que os “gringos” são responsáveis por mais de 50% do capital negociado na Bolsa. Além das incertezas domésticas, o noticiário internacional tem estimulado resgates para investimentos.
Por fim, a alta dos juros nos Estados Unidos também tem atraído capital que estava alocado em mercados emergentes, como o Brasil. O Fed voltou a subir os juros e sinalizou que novas altas podem ocorrer se a inflação continuar acelerada.
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Assim como muitos brasileiros estão reduzindo posições na bolsa para investir em renda fixa, os estrangeiros estão fazendo o mesmo, e como falamos anteriormente, 50% do capital negociado na B3 são estrangeiros.
Diante desse cenário, a Bolsa brasileira tem enfrentado uma série de desafios, que têm pressionado as ações das empresas e reduzido a confiança dos investidores. Ainda assim, analistas afirmam que o mercado deve se recuperar a médio e longo prazo, desde que as reformas necessárias sejam implementadas e a estabilidade política seja mantida.
Fonte: InfoTrade
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